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Conta de luz ainda é problema em Rondônia

Data da notícia: 02/06/2012
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>Foi determinado que não serão cobradas multas e juros por contas atrasadas a partir do mês de março
(Josias Brito) A reportagem do CP, durante esta semana, visitou alguns pontos de atendimento da Eletrobras Distribuidora Rondônia, em Ji-Paraná e descobriu, junto a funcionários da empresa que a mesma ameaça negativar quem tiver fatura com mais de 20 dias em atraso. A medida não foi bem recebida pelos usuários, que ainda reclamam do serviço prestado e da falta de clareza na cobrança das tarifas.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20120602-151.jpg[/IMG] A medida teria sido tomada porque a empresa contratada para fazer a leitura e entrega dos talões de energia, não está conseguindo atender toda a demanda no município e, hoje mais de 70% da população ainda não recebeu o talão de energia do mês de março. Ter o nome ?sujo na praça? implica uma série de consequências, ficando o devedor proibido de tomar dinheiro emprestado ou comprar a prazo, tendo limitações de crédito em bancos, relativos à cheque especial, cartão de crédito e crédito pré-aprovado.
A nossa reportagem procurou a direção da Eletrobras em Porto Velho, mas não fomos atendidos por que, segundo a assessoria de comunicação, todos os diretores não estavam no prédio. A informação que obtivemos da assessoria é que, eles estavam em uma reunião, discutindo o planejamento da empresa, com vistas a contribuir com a melhoria do atendimento aos clientes.
Conforme o procurador da Presidência da Eletrobrás, Efraim Cruz, informou a reportagem do G1 em Porto Velho, tudo isso tem gerado transtorno aos moradores, não só de Ji-Paraná, que recebem as contas de energia atrasadas. A leitura mensal foi trocada por média anual desde março de 2012. Isso ocorre porque os funcionários treinados pela Eletrobrás Distribuição Rondônia estão abandonando o trabalho por melhores propostas.
O comerciante Marcos Antônio Rabelo correu para a central de atendimento da Eletrobrás pra receber mais informações. Até agora a leitura do medidor de energia da casa dele ainda não foi feita, e mesmo tendo economizado, vai ter que pagar a média. O comerciante critica a forma como a empresa trata os consumidores ameaçando negativação e a falta de clareza na cobrança das tarifas. ?É direito deles também, mas eles também têm deveres junto à população. Eu conclamo as autoridades para que revejam isso até mesmo para o comércio não desaquecer em função da inadimplência?, disse.
O procurador da Presidência da Eletrobrás explica ainda que além do déficit de técnicos qualificados, o fluxo de troca da mão de obra é alto. ?O problema é que o mercado está tão aquecido que existe uma rotatividade muito grande. Até a empresa encontrar um funcionário e treiná-lo leva tempo, e esse processo tem demorado ainda mais, porque assim que esse funcionário treinado está apto para o mercado e começa a trabalhar, vem outra empresa e faz nova proposta. E daí temos que recomeçar todo o processo de contratação e treinamento.?, afirma.
Nessas ocasiões, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão que regulariza o setor energético, permite que a empresa gere a fatura por média anual. É feita uma ponderação dos últimos 12 meses, que segundo o procurador não prejudica o consumidor, já que a leitura será regularizada e os valores menores ou maiores serão reajustados. O tempo determinado para correção é de até quatro meses.

NOVOS CANAIS - Para tentar amenizar o problema, a Eletrobras determinou que não sejam cobradas multas e juros por contas atrasadas a partir do mês de março, assim como não haverá acionamento dos mecanismos de proteção ao crédito.
Pensando em diminuir os transtornos causados, a empresa aumentou os canais de comunicação, facilitando a impressão da segunda via que poderá ser retirada apenas com o número da unidade consumidora. Também entrará no ar em um prazo de quinze dias um chat com atendentes para responder dúvidas online.


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